3/22/2006

A Sociedade Digital

Sei que é muito mais divetido ler um post com um case de propaganda interativa, exemplos, filmes, etc... mas de vez em quando preciso compartilhar um referencial teórico também. Prometo ser breve... Dia desses lia um artigo da Márcia Pudelko, sócio-diretora da Paradigma Comunicação Sustentável, publicado no jornal Meio & Mensagem de 16 de janeiro de 2006, onde ela falava sobre a "Sociedade Digital". Ajuda a entender um pouco mais sobre as bases das transformações que estamos passando na comunicação. "Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, apresenta no livro Liquid Modernity dois conceitos interessantes que podem ajudar a entender estes novos tempos e a conjectura da sociedade em que vivemos: a modernidade sólida, representada pela certeza, pela forma de poder, pela organização fabril, por empregos duradouros e por uma concepção territorial de espaço, economia e política, e a Modernidade Líquida representada pela incerteza, pelas formas flexíveis de trabalho e organização, pela guerra de informações, pela política e economia sem fronteiras e principalmente pelo processo de individualização. Pode-se interferir, portanto, que nesta sociedade digital não há espaço para empresas e consumidores viverem a “confortável” sensação de “estabilidade”, conceito de vida que se formou após o fim da Segunda Guerra Mundial. Hoje, somos imediatos, ansiosos, demandamos rapidez em tudo o que nos cerca e não sabemos mais como lidar com situações que tomam nosso tempo em demasia, e assim vamos enfraquecendo as relações humanas. Atuamos no universo da modernidade líquida não só como consumidores, mas como agentes de transformação do processo de comunicação. Como tal, devemos exercitar e aplicar, por todo o sempre, nosso pensamento critico, não aceitando tudo que a tecnologia, nesse caso especifico, impõe a nós. Não somos apenas responsáveis pela divulgação de forma eficaz da comunicação de uma marca de seus produtos ou serviços, que estão cada vez mais similares na sua composição. Vender qualidade e variedade não é mais diferencial, é obrigação. Temos de conceituar e sedimentar os valores da marca em todo o conteúdo do processo de comunicação." Esse texto fala de muita coisa mas principalmente revela o novo papel dos consumidores em uma sociedade que vive a toda velocidade, onde o processo de individualização citado no texto ganha dimensões globais com a internet. É a base do CGM, da comunicação viral e de como muita coisa ainda vai ser virada de cabeça pra baixo na nossa indústria da comunicação. Boa sorte para todos nós.

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Fala Rafael.
Estive ontem na palestra do almanaque e não pude deixar de entrar nessa onda, aliás de assumir essa onda q sempre imaginei existir mais ainda não sabia que tinham loucos fazendo coisas do gênero. Enxergar a comunicação como um conjunto de ações direcionadas é o que sempre imaginei de uma comunicação realmente eficiente. Fazer com que a marca fale por ela mesma, através da boca das pessoas, das teclas de um pc ou celular e até as notas sonoras de uma conversa a dois é a maior comunicação de massa já invetada no mundo. E para fazer com que essas pessoas façam isso é preciso fazer com que elas se sintam tão exclusivas a ponto de parecer que tudo q está acontecendo com ela é uma grande novidade. O ser humano é um bicho social sim e mais que isso um bicho "apresentado" com a vaidade exarcerbada. (acho q isso já virou um livro né, não um comentário). Desculpem aos outros participantes. Termino por aqui. Parabéns pela posição da click, estou realmente encantado com essa postura.

30/3/06 09:28  
Blogger romuloc disse...

Rapha,
Não sei se você você vai ler este comentário, já que é de um post meio antigo. Mas gostaria de recomendar fortmente a leitura dos livros do Baumman.

Muito embora ele seja um crítico ferrenho da moderninade líquida, como ele define o nosso tempo, é bom escutar o que este velhinho tem a dizer.

abraço,
o blog está muito bom. De ótima qualidade.

17/4/06 09:36  

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