SBT, Ídolos (2006)

Como mostrou um recente artigo do USA Today, os anunciantes já estão de olho no YouTube. O site já é uma das iniciativas que mais cresce em audiência na internet e o potencial do veículo como mídia é inquestionável. Para sua matéria, o USAToday falou com uma série de agência que mostraram-se impressionadas com a natureza viral do YouTube. Chad Hurley e Steven Chen, fundadores do YouTube Não é pra menos, já que a banda larga - adotada em grande escla em todo mundo - mudou os hábitos de navegação de internautas em todo o planeta: o vídeo na web já uma realidade acessível. No Brasil, mais da metade dos usuários já acessam a web de suas casas a partir de conexões de alta velocidade, segundo o IBOPE. Além dessse fator, fazer propaganda no YouTube é totalmente gratuito: coloque seu vídeo lá e, se o conteúdo for interessante, ele irá rodar o mundo. Foi o que aconteceu com a Nike. Desde que entrou no YouTube, o vídeo do Ronaldinho para a campanha Joga Bonito já foi visto mais de 3 milhões de vezes! Agora o YouTube colocou no ar uma novidade: anúncios. Como usuários, temos que agradecer ao site, já que esses anúncios não são (ainda) GIFs animados e nem pop-ups, mas sim marcas que aparentemente entraram no clima do site e começaram a fazer upload de seus vídeos lá. Isso é um ponto positivo. Mas minha pergunta é a seguinte: será que precisa? Do ponto de vista financeiro, precisa. Esse era o modelo de negócio que faltava aparecer. Outro dia um amigo aqui na agência me perguntava como o YouTube ganhava dinheiro. Aí está. Começou a ganhar agora. Do ponto de vista da propaganda interativa, não precisa. Foi a partir do seu potencial viral que o site pôde inaugurar sua nova fase como veículo de mídia. Eu ainda prefiro olhar para o poder que o YouTube tem de se propagar entre as pessoas e ver como marcas podem pegar carona nessa onda. Quer um exemplo? Essa semana eu tive que ligar minha TV no SBT. Tenho que confessar: a internet me fez chegar em casa e ligar a TV às 9 horas da noite para assistir ao programa Ídolos. Não teve jeito: fui bombardeado a semana inteiro com links para vídeos no YouTube dos candidatos hilários que passaram por lá. Vídeos como esse: Dá vontade de assistir mais. Veja a quantidade de vídeos que já estão no YouTube e que, com alguns dias/horas de publicação, já possuem centenas de visualizações. Tenho certeza que isso não é obra do SBT, e talvez a emissora não saiba que seu programa está tendo uma repercussão muito grande na web, mas esse é o poder do conteúdo inédito associado à capacidade de deflagração viral que a internet pode proporcionar. Fico imaginando como a Globo podia ter se beneficiado da mesma forma se ela tivesse liberado os vídeos ridículos que ela também recebeu para as inscrições do BBB, mas a gente só os via - de vez em quando - no Fantástico ou no VídeoShow. Nesses tempos de web viral, não dá pra ter a cabeça na era passada e imaginar que propaganda se faz apenas com filmes de 30 segundos e com centralização de conteúdo. Já está claro: o poder está nas mãos das pessoas, e temos que aprender a convider com isso. Temos que colocar pessoas no meio do processo da comunicação. Até lá, aproveite SBT...