7/16/2006

NIKE, Swing Portrait

Qual é o papel dos sites na comunicação das marcas? Pode parecer besteira uma pergunta como essa, mas parei para refletir um pouco sobre isso ultimamente. Eu, você e dezenas de nossos amigos vistamos centenas de sites por mês. Alguns deles frequentamos mais do que muitos lugares reais por aí, não só pela comodidade mas pq são mais divertidos também. Contudo, poucas são as empresas que se tocaram que podem "construir" esses grandes ambientes de imersão de marca apenas para... divertir. Sites de grandes empresas tendem a ter objetivos nobres e grandiosos como "ampliar o canal de distribuição das empresas" ou "reduzir custos operacionais", mas poderiam ter mais sites por aí com o puro objetivo de entreter, de acrescentar valores às marcas e a seus mercados de nicho, cada vez mais importantes na economia do Long Tail. Para deixar minha idéia um pouco mais clara, gostaria de mostrar um novo trabalho da Nike. A empresa já tem um site oficial para o golfe, cheio de conteúdo, fotos, textos, ferramentas, tudo o que uma grande marca precisa na internet. Mas recentemente eles lançaram um "mini-site" muito legal, chamado "Swing Portrait", muito simples mas com uma idéia muito forte: documentar a tacada perfeita. Só isso. Para tentar chegar lá, levaram seu principal atleta patrocinado - Tiger Woods - para um estúdio fotográfico gigantesco em Las Vegas e o fotografaram com uma máquina do exército americano usada nos estudos de defesa militares - capaz de tirar 4000 fotos por segundo. No site você pode ver a tacada em diversos ângulos (bem como os produtos Nike) com uma precisão absurda! Trabalho perfeito. A interface nem é tão detalhada, pois o que vale é mostrar uma idéia. Arrisco a dizer que esse site (Swing Portrait) faz mais pela marca da Nike para o golfe do que seu site "oficial". Temos que seguir por esse caminho. Projetos "pequenos" como esses são fundamentais no trabalho de comunicação pela internet. Não podemos ter apenas "sites oficiais", mas também ações que definirão a personalidade de marcas no ambiente on-line. E o consumidor? Deixe que o consumidor faça a associação entre a marca e o conceito. Preocupemo-nos em criar a experiência.

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